Slide:
http://www.slideshare.net/adrianofelippe1/um-estudo-de-caso-sobre-a-caatinga
Atividades Caatinga:
http://www.4shared.com/office/HeAFoOQj/Atividades_Caatinga.html
Caatinga
''É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a ouve'' (Victor Hugo)
Introdução
A teoria mais aceita atualmente é que o nome Caatinga é originário do tupi: caa (mata) + tinga (branca). É um grande domínio, sendo ele única e exclusivamente brasileiro. Hoje, a Caatinga tem uma área aproximada de 850 mil quilômetros quadrados, o que representa 9,92% de todo o território nacional. A Caatinga abrange os estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Sergipe e parte de Minas Gerais. No Ceará a área natural ocupada pela Caatinga é de quase 130 mil km², representando quase 85% da área de todo o estado, mas que devido à devastação incontrolada tem apenas 16% de sua cobertura florestal nativa atualmente. A região, além da sua vastidão, também tem uma rica biodiversidade, apresentando mais de 40 tipos de solo diferentes, mais de 1000 espécies de plantas e mais de 800 espécies de animais vertebrados.
segunda-feira, setembro 16, 2013
segunda-feira, maio 27, 2013
Referências Bibliográficas
13 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Acesso em 15 de maio de 2013;O sertanejo e o sertão
Se a caatinga é adaptada à seca, o sertanejo
é um homem adaptado à caatinga. Magro, anguloso, tostado pelo sol e meio
curvado, como as próprias varas espinhentas da vegetação que o cerca, ele
consegue caminhar ou cavalgar com desembaraço, em meio aos espinheiros
tortuosos dos mandacarus, à procura de água, da caça ou de uma novilha
fugitiva. Geralmente veste uma roupa de couro, que o protege dos acúleos
afiados e, por vezes, venenosos, que o agridem, na sua rápida e silenciosa
passagem.
Para
cuidar do gado, ele corta em pequenos pedaços a palmatória ou o conduz aos
barrancos de sal ou ao umbuzeiro distante, em busca de folhas verdes que
contenham água. A Palmatória ou Palma é uma espécie de cacto que solta uma água
pegajosa e amarga quando mastigada, mitigando a fome e a sede do boi, apesar de
ferir-lhe os beiços com seus espinhos.
É no
solo ressequido do sertão que o sertanejo cava suas cacimbas ou poços rasos
para obter a água lamacenta com que satisfaz sua sede e cozinha seu alimento.
Desse solo ele também extrai o sal com que prepara sua comida, conserva a carne
e alimenta o gado. Esse sal, originário de antigos mares que outrora existiam
na região e secaram há milhões de anos, está presente em quase todos os
barrancos que margeiam os rios secos, constituindo, ao mesmo tempo, uma riqueza
e um flagelo. Muitos açudes, construídos por represamento para conservar água
na época de seca, formam grandes e promissores lagos. Mas, se a seca é muito
intensa, o nível da água baixa, e o grau de salinidade vai ficando maior, até
chegar ao ponto em que não serve mais para o consumo.
Nos
anos ruins, o que garante a sobrevivência do sertanejo é o gado. No entanto,
esse gado normalmente não lhe pertence. Ele é apenas contratado pelo
fazendeiro, um rico proprietário, que vive no litoral e que, muitas vezes, nem
sequer conhece suas próprias terras. Em troca desse serviço, recebe uma parte
das crias que, depois de crescidas, vende ou mata para consumo.
O
principal meio de transporte no sertão nordestino é o jegue: um pequeno burro,
muito resistente à sede e à fome.
O sertanejo e as chuvas
Para o sertanejo que vive em plena
caatinga, longe dos rios permanentes, o grande problema é mesmo a falta de
água, nas estiagens prolongadas, ou o seu excesso, quando as chuvas são muito
fortes. Os rios pequenos, e até os de grande porte, que nascem no próprio
sertão e atravessam a caatinga, secam completamente nos períodos em que não
chove. Quando as chuvas chegam, muito copiosas, esses rios se enchem quase
repentinamente e transbordam, inundando plantações, casas, currais e povoados
inteiros. Quando a estiagem é prolongada, os pequenos poços ou cacimbas secam
completamente. O sertanejo é então obrigado a caminhar muitos quilômetros à
procura de água. Veja nos links a seguir alguns exemplos:
http://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2013/03/chuvas-nao-amenizam-seca-no-sertao-e-pi-tem-186-cidades-em-emergencia.html
http://portalcorreio.uol.com.br/noticias/cidades/tempo/2013/02/18/NWS,220012,4,64,NOTICIAS,2190-CHUVAS-PROVOCAM-ALAGAMENTOS-DESTROEM-CASA-TRAZEM-ESPERANCA-SERTANEJOS.aspx
http://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2013/03/chuvas-nao-amenizam-seca-no-sertao-e-pi-tem-186-cidades-em-emergencia.html
Suas histórias e
suas lembranças giram em torno das grandes chuvas ou das secas muito
prolongadas. Sua memória, a perda de um filho, de seu rebanho, de sua
plantação, está ligada sempre aos longos e calcinantes estios ou às borrascas e
inundações avassaladoras.
Ao ver adoecer e
morrer o gado, ou mesmo os filhos, pela falta de água e comida, o sertanejo
abandona suas terras, em busca de abrigo e trabalho na Zona da Mata Nordestina.
Nesse caso ele acaba retornando, logo que obtém notícias de que as chuvas
chegaram. A maioria dos que se aventuram em regiões mais distantes, nas grande cidades
do Sudeste brasileiro, acaba tendo que ficar por ali mesmo, fora do seu
ambiente. Vivendo como estrangeiros, muitos nordestinos raramente se adaptam às
novas condições de vida.
O Imbu e a Caatingueira
Imbu
Embora a região semi-arida do nordeste
tenha sofrido bastante com a seca que afetou a agricultura e a pecuária, a
safra do imbuzeiro trouxe animo para os que fazer extrativismo da fruta. Os
pequenos agricultores processam vários produtos derivados do fruto como geleia,
doces, sucos, compotas, etc. Essa atividade gera renda e ocupação de mão de
obra no meio rural nordestino. Mesmo em anos de seca severa a colheita e venda
do imbu é uma das principais fontes de renda para os pequenos agricultores.
Caatingueira.
O uso desta planta pelos agricultores é
caracterizado pela extração da lenha para a produção de carvão vegetal e para
construção, principalmente de apriscos. A Caatingueira também é utilizada na
medicina caseira para tratar casos de descontrole intestinal e processos
inflamatórios. Além de fornecer alimento para os animais, já que é uma das
primeiras plantas a emitir brotação depois da seca.
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