Para o sertanejo que vive em plena
caatinga, longe dos rios permanentes, o grande problema é mesmo a falta de
água, nas estiagens prolongadas, ou o seu excesso, quando as chuvas são muito
fortes. Os rios pequenos, e até os de grande porte, que nascem no próprio
sertão e atravessam a caatinga, secam completamente nos períodos em que não
chove. Quando as chuvas chegam, muito copiosas, esses rios se enchem quase
repentinamente e transbordam, inundando plantações, casas, currais e povoados
inteiros. Quando a estiagem é prolongada, os pequenos poços ou cacimbas secam
completamente. O sertanejo é então obrigado a caminhar muitos quilômetros à
procura de água. Veja nos links a seguir alguns exemplos:
http://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2013/03/chuvas-nao-amenizam-seca-no-sertao-e-pi-tem-186-cidades-em-emergencia.html
http://portalcorreio.uol.com.br/noticias/cidades/tempo/2013/02/18/NWS,220012,4,64,NOTICIAS,2190-CHUVAS-PROVOCAM-ALAGAMENTOS-DESTROEM-CASA-TRAZEM-ESPERANCA-SERTANEJOS.aspx
http://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2013/03/chuvas-nao-amenizam-seca-no-sertao-e-pi-tem-186-cidades-em-emergencia.html
Suas histórias e
suas lembranças giram em torno das grandes chuvas ou das secas muito
prolongadas. Sua memória, a perda de um filho, de seu rebanho, de sua
plantação, está ligada sempre aos longos e calcinantes estios ou às borrascas e
inundações avassaladoras.
Ao ver adoecer e
morrer o gado, ou mesmo os filhos, pela falta de água e comida, o sertanejo
abandona suas terras, em busca de abrigo e trabalho na Zona da Mata Nordestina.
Nesse caso ele acaba retornando, logo que obtém notícias de que as chuvas
chegaram. A maioria dos que se aventuram em regiões mais distantes, nas grande cidades
do Sudeste brasileiro, acaba tendo que ficar por ali mesmo, fora do seu
ambiente. Vivendo como estrangeiros, muitos nordestinos raramente se adaptam às
novas condições de vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário