Introdução

A teoria mais aceita atualmente é que o nome Caatinga é originário do tupi: caa (mata) + tinga (branca). É um grande domínio, sendo ele única e exclusivamente brasileiro. Hoje, a Caatinga tem uma área aproximada de 850 mil quilômetros quadrados, o que representa 9,92% de todo o território nacional. A Caatinga abrange os estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Sergipe e parte de Minas Gerais. No Ceará a área natural ocupada pela Caatinga é de quase 130 mil km², representando quase 85% da área de todo o estado, mas que devido à devastação incontrolada tem apenas 16% de sua cobertura florestal nativa atualmente. A região, além da sua vastidão, também tem uma rica biodiversidade, apresentando mais de 40 tipos de solo diferentes, mais de 1000 espécies de plantas e mais de 800 espécies de animais vertebrados.

segunda-feira, maio 27, 2013

A Caatinga e o problema da exploração predatória



   Segundo o Ministério do Meio Ambiente, devido ao uso inadequado do solo, à prática de extração dos recursos por parte da própria população, ao consumo de lenha nativa e a devastação de áreas para a criação agropecuária, grandes áreas da Caatinga já foram desertificadas. O MMA estima que 46% do bioma já foi devastado. Estima-se também que 70% da caatinga já tenha sido alterado por conta do homem, e este é um dado preocupante.  "Falta planejamento no uso dos recursos naturais da caatinga. A população depende deles, mas sem uso planejado, observa-se a repetição do círculo degradação do solo/pobreza", relatou o Dr. Marcelo Tabarelli, consultor do Grupo Boticário de Proteção à Natureza. "As ações (oficiais) têm sido pontuais, falta uma política de desenvolvimento sustentável", lamentou. Tabarelli ainda critica a falta de investimentos em pesquisas e de unidades de conservação integral na caatinga, que apesar de importantes para preservá-la, protegem apenas 1% do bioma. Para ele, são prioridades da região criar novas unidades de conservação, promover o ecoturismo e melhorar as atividades produtivas, com agropecuária sustentável substituindo o extrativismo (exploração do solo sem reposição dos nutrientes).

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